Sabe-se que quando se trata de instalações e serviços em eletricidade, muitos são os riscos expostos ao homem, independente da intensidade de tensões elétricas, trazendo perigo à integridade física e à saúde do trabalhador. O choque elétrico é uma das ações mais nocivas, provocando consequências diretas e indiretas ao choque, tais como quedas, batidas, queimaduras, machucados, perda de membros, entre outros. Outro risco proveniente das instalações e serviços em eletricidade é a possibilidade de ocorrência de curtos-circuitos ou mau funcionamento do sistema elétrico, o que pode originar explosões, acidentes ampliados e incêndios de grande porte.
Tendo em vista tais problemáticas e partindo do princípio de controle por meio de planejamento e implementação de ações preventivas que eliminem os perigos apresentados nos serviços, nas instalações e no uso da eletricidade, bem como na ausência de dados sobre os acidentes causados pela eletricidade no Brasil, em em 2 de fevereiro de 2005, fundou-se uma associação sem fins lucrativos que trabalha para melhorar o conceito sobre segurança em eletricidade, a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (ABRACOPEL). Essa associação promove uma mudança de cultura através de ações que levam a informação para profissionais do setor, bem como para a população em geral. Seu principal objetivo é contribuir para a diminuição de acidentes, fatais ou não, que possuem como causa a eletricidade.
Com o objetivo de expor estatísticas acerca do número de acidentes envolvendo instalações e serviços elétricos, a ABROCOPEL fez um levantamento e observou um aumento significativo nesse número no Brasil, em 2014. Segundo a entidade, 2014 apresentou um aumento de 17,7% no número total de acidentes envolvendo eletricidade em relação ao ano de 2013. Só nos casos de fatalidade em relação ao choque elétrico, o índice subiu mais de 6% ou seja, em 2013 ocorreram 592 casos de acidentes fatais com eletricidade, este ano o número subiu para 627 mortes. Os homens ainda são maioria esmagadora com 560 casos contra 67 de acidentes fatais vitimando mulheres.
Os acidentes envolvendo eletricidade que, segundo levantamento da entidade somam os choques elétricos aos incêndios por curtos-circuitos e também acidentes envolvendo descargas atmosféricas (raios) foram de 1.222 em 2015 (em 2014, este total foi de 1038 acidentes).
Os gráficos a seguir demonstram porcentagens de mortes por choque elétrico e incêndios por curto-circuito, respectivamente, ocorridos nas regiões brasileiras.
Os acidentes envolvendo eletricidade que, segundo levantamento da entidade somam os choques elétricos aos incêndios por curtos-circuitos e também acidentes envolvendo descargas atmosféricas (raios) foram de 1.222 em 2015 (em 2014, este total foi de 1038 acidentes).
Os gráficos a seguir demonstram porcentagens de mortes por choque elétrico e incêndios por curto-circuito, respectivamente, ocorridos nas regiões brasileiras.
Gráfico 1. Morte por Choque Elétrico. Fonte: ABRACOPEL. |
Gráfico 2. Incêndios por Curto-circuito. Fonte: ABRACOPEL. |
Assim como a ABRACOPEL que contribui para a diminuição de acidentes causados pelo mau uso da eletricidade, há também uma norma regulamentadora (NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade), publicada no Diário Oficial da União no dia 06 de julho de 1978, com posteriores atualizações (14 de junho de 1983 e 08 de dezembro de 2004), que tem o objetivo de garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade nos seus mais diversos usos e aplicações e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades.
Essa norma rege medidas de controle aplicáveis à todas intervenções em instalações elétricas, adotadando medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho. As medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciativas da empresa, no âmbito da preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente do trabalho. Rege também as medidas de proteção coletiva que compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica. O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacionais vigentes. Devem também ser adotados equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades desenvolvidas.
A NR 10 diz que é obrigatório que os projetos de instalações elétricas especifiquem dispositivos de desligamento de circuitos que possuam recursos para impedimento de reenergização, para sinalização de advertência com indicação da condição operativa. Além de garantir a segurança em instalações elétricas energizadas e de alta tensão.
Para desenvolver instalações e serviços em eletricidade, é necessário qualificação, habilitação, capacitação e autorização dos trabalhadores. Para isso eles são submetidos á treinamentos e por fim recebem certificados que comprovam tal capacitação.
A norma em questão também garante a proteção contra incêndio e explosão, sinalizando de forma segura e alertando para situações de emergência.
Enfim, são muitas as diretrizes que garantem a segurança e saúde do trabalhador e para que estas sejam cumpridas é necessário seguir as normas regulamentadoras, bem como estar assegurado de medidas preventivas e de alertas no que se diz respeito às instalações e serviços envolvendo eletricidade.
Referências:
Autora: Laís Brêda Mascarenhas Souza
Referências:
- ABRACOPEL. Disponível em: http://abracopel.org/. Acesso em: 21 de jul de 2015.
- Ministério do Trabalho e Emprego (TEM). Disponível em:http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D308E216601310641F67629F4/nr_10.pdf. Acesso em: 21 de jul de 2015.
Autora: Laís Brêda Mascarenhas Souza
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